quarta-feira, 27 de junho de 2012

Poesias e Textos Literários
Desde o desabrochar da vida, a natureza sela, após o Sopro Sagrado, a capacidade que temos de expressar nossos sentimentos por meio das palavras lapidadas que se transformam em verdadeiros monumentos erigidos por letras sobrepostas com cuidado para que jamais desmoronem e que imortalizem seus construtores.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Lula


Existe lula pequena
lula média e até gigante;
e meu amigo, acredite
existe lula falante.

Luiz Delfino
04082009
5:03

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A Lira


Nos campos cobertos de lírios
em passos eu traço uma lira;
da seda tecida num lírio,
eu faço as cordas da lira.

De cima o inseto pranteia,
à forma que dei ao seu canto,
que dele desfiz sua teia,
pra nele tocar o meu pranto.

E o vento que o campo transpira,
num sopro assim... inspirado
retira das cordas da lira
meu pranto já muito alquebrado.

E o inseto, num instante, se vinga,
do bardo que com a lira pranteia,
e tece, retece, respinga...
refaz novamente uma teia

Luiz Delfino
04082009

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

As Mãos





Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema - e são de terra.
Com mãos se faz a guerra - e são a paz.

Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas, mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.

E cravam-se no tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.

De mãos é cada flor, cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.


Manuel Alegre

*

Fonte: Jornal da Poesia
(Galeria de pinduricos – Flickr
Formatação rosangela_aliberti)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Soneto de Amor ( Ao Trema ), por Nathan de Castro


Para que o Trema viva eternamente,
ponho um ponto final no meu soneto
e arrisco-me a escrever esse eloquënte
momento de palavra em branco e preto.

Sem seu encanto, a rima transparente
se entrega ao lado exangue do quarteto
e a poesia, vesga, segue em frente,
na busca pelos olhos do esqueleto.

Ambíguo verso azul, sem conseqüencia!
Vinheta de um programa, feito ausência
nas telas de uma lei tola, e sem cor!

Mas, meu amigo Trema, a nossa essência
tem o perfume doce da querência
que não tem "q", nem "u"... E é só amor.

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